Iracema é uma obra literária escrita por José
de Alencar, um grande exemplo de romantismo Brasileiro. Na qual o autor da
ênfase a natureza, fauna e flora detalhando na maior parte do livro as árvores
e os pássaros e até a própria Iracema na qual é descrita no livro como um anjo
celestial e sublime passeando em meio às florestas, flutuando entre galhos, até
se apaixonar por um colonizador que podemos ver como um demônio atraente que
destrói a vida da pobre jovem.
O livro é narrado em terceira pessoa e
conta a historia de amor entre Iracema e Martim, que começa quando Martim se
perde de seu amigo Poti na mata entrando assim em terreno inimigo e recebendo
uma flechada de Iracema fazendo gotejar sangue de seu rosto, porém logo o arrependimento
invade as faces da jovem índia, fazendo com que ela leve Martim até sua aldeia
para cuidar de seus ferimentos. Martim logo observa a linda jovem indígena com
seus negros cabelos e seus lábios mais doces que o mel, fazendo com que ele se
apaixone, Iracema também fica encantada com Martim que era Loiro e tinha os
olhos azuis mais profundos que o mar, levando assim a traição de sua aldeia,
pois ela era a guardiã da jurema (uma planta alucinógena que os Tabajaras
acreditavam dar poderes para vencerem todas as guerras) e não poderia se
relacionar com nenhum homem, pois era a virgem escolhida de tupã para guardar
este segredo tão precioso. Porém movida pelo amor oferece uma substância feita
da jurema para Martim que estava triste pensando em sua esposa e ela acaba
deitando-se com ele, deixando tudo em segredo, pois para ele tudo não passou de
um sonho, porém logo depois ele decide fugir e ela diz que irá com ele, pois é
sua esposa os dois então fogem contando com a ajuda de Poti amigo de Martim.
Devido a essa decisão, Irapuã chefe da tribo dos tabajaras decide se vingar de
Martim entrando em uma guerra contra os Pitiguara outra tribo na qual Martim
era amigo, entretanto os tabajaras são derrotados, Iracema além de sofrer com a
morte de sua aldeia é abandonada gravida por Martim que a deixa sozinha no meio
do mato, ela se esforça ao máximo para alimentar seu filho chamado Moacir que
significa (Nascido da dor) quando Martim retorna ele encontra Iracema muito
fraca a beira da morte ela o entrega o filho e morre ouvindo a voz do esposo.
Poti então da ideia à Martim para enterra-la aos pés do coqueiro que ele tanto
amava assim quando o vento batesse nas folhas do coqueiro Iracema pensaria que
era a voz dele.
Este é um livro muito bom, porém complexo
ele retrata perfeitamente a primeira fase do romantismo no Brasil na qual se
exaltava a natureza, nacionalidade e o indianismo, José de Alencar soube usar
muito bem os recursos da natureza para escrever este romance fazendo uso de
linguagem indígena, para viajarmos até aquela época e podermos imaginar Iracema
e Martim, também conta fatos históricos que aconteceram na colonização e como surgiu
o Ceará e o primeiro caboclo. José de Alencar idealizou Iracema como uma deusa,
seu único erro foi se apaixonar perdidamente por Martim estragando assim a sua
vida, mas quem pode julgar Iracema por amar alguém perdidamente se entregando
de corpo e alma para vê-lo feliz se na nossa realidade faríamos o mesmo. O
livro não é muito grande, porém o valor cultural que ele contém é imenso, por
isso mesmo que foi indicado como um dos melhores livros escritos por José de
Alencar, no começo é normal nos sentimos perdidos na historia, pois José de
Alencar é muito detalhista, mas a partir do momento que encontramos o foco da
historia ela se torna muito interessante, pois começamos a observar e a viver a
própria natureza indígena passada pela personagem, e a entender as metáforas
usadas pelo autor do romance, neste livro podemos observar que em um
relacionamento sempre um ama mais do que o outro este foi o caso de Iracema que
enquanto se entregava para Martim ele á deixou sozinha no meio do mato gravida
assim posso concluir que Iracema para Martim não passava de um lindo passa
tempo, e que as pessoas só dão valor a algo depois que perdem. Pois só a partir
da morte de Iracema que Martim percebeu o quanto ela fazia falta. E o fruto do
amor de Iracema e Martim foi Moacir que iniciou a miscigenação e o mundo que
hoje conhecemos.
Pedro Sena
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